Lidando com a Tribulação – Parte 3

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culpados
E a nossa responsabilidade?

Introdução

Recentemente, um amigo passou por uma grande desilusão amorosa. Em conversa comigo, ele disse: “Fiz de tudo por essa moça, e fui vítima de uma grande injustiça!”<

Outro amigo, depois de ser demitido pela quinta vez em um ano, veio falar que o chefe atual era o fim da picada, e que ele havia sido vítima de perseguição.

O caso deles é bastante comum. Muita gente quando passa por uma situação delicada logo sente que a vida conspira contra. O grande problema desse tipo de posição é que ela faz com que percamos a objetividade quanto aos nossos próprios erros. E quem perde essa objetividade não aprende, não cresce espiritualmente e fica sempre girando em círculos nas mesmas experiências.

Lembre-se do que dizem as Escrituras: “Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia.” (Pv. 28:13)

 

Aprendendo com Erros

Se você está passando por uma situação difícil, faça a seguinte pergunta: Onde foi que eu contribuí para que isso acontecesse? E, se eu contribuí, o que é que posso fazer para não incorrer no mesmo erro da próxima vez.

Um primeiro passo importante é pensar: Quantos porcento de responsabilidade eu tenho? Você pode até ter sido vítima de algo, mas as situações na vida em que somos 100% vítimas, ou que são pura fatalidade, existem, mas são muito raras. Na maioria das vezes, alguma parcela de responsabilidade nós temos, nem que seja 1%.

É preciso estar disposto a refletir, e deixar de lado o orgulho Pois as Escrituras também dizem: “Como o cão volta ao seu vômito, assim o insensato repete a sua insensatez.” (Pv. 26:11)

 

Quatro Passos para Melhorar

Especialmente nos dois tipos de caso citados no exemplo, é quase impossível não haver absolutamente nada que seja de nossa responsabilidade.

E se existe uma responsabilidade, então temos que fazer quatro coisas:

1) Ao invés de indagar ao Senhor por que estamos passando por isso, façamos a seguinte pergunta: Que erros podem ter contribuído para que eu chegasse a esta situação? É importante lembrar que nossas ações têm consequências.

2) É preciso resistir à tentação de apontar culpados externos. Você não deve se preocupar com onde o outro errou, mas sim onde você errou. É importante deixar o orgulho de lado e entender onde nós podemos agir, independente do outro. Não pra assumir a culpa de tudo, mas simplesmente porque não controlamos o outro, mas podemos rever nossas ações.

3) Façamos a reflexão: Sem ficar perdendo tempo com a culpa do outro, o que é que nós podemos fazer para corrigir o problema na atualidade? Em vários casos, nem tudo está perdido. E as pessoas costumam responder bem quando nos mostramos dispostos a consertar o problema.

4) Se não for possível consertar, o que podemos fazer da próxima vez pra não dar chance ao azar?

Faça essas três perguntas mesmo que seja com relação ao 1% que você tem de parcela de responsabilidade. Isso ajudará a manter o foco naquilo que é importante: extrair lições e seguir adiante.

Lembre-se: “Pois ainda que o justo caia sete vezes, tornará a erguer-se.” (Pv. 26:16a)