Gosto muito de assistir um programa de televisão que mostra vários cozinheiros competindo por um cargo de chef de um restaurante famoso. E eles têm que cozinhar sob pressão, dormir pouco, ouvir gritos, e fazer tarefas cansativas.
É natural que em vários momentos eles se atrapalhem e cometam erros. Mas, sempre que fala sobre isso, o apresentador diz: Não é o fato de errar, mas é como você se recupera do erro.
Ou seja, ele quer dizer que todo mundo comete erros, mas o que diferencia o bom chef dos demais é que ele, mesmo errando, consegue se ajustar.
Há um conceito parecido na Bíblia. Observe:
“Confessará o pecado que cometeu, fará restituição total, acrescentará um quinto a esse valor e entregará tudo isso a quem ele prejudicou.” (Números 5:7)
Sejamos sinceros: Qual de nós é perfeito e pode dizer que não cometeu pecado, ou ainda que não virá a cometer pecado no futuro?
Se todos são pecadores, por que alguns são tidos como justos?
Por exemplo, como pode a Bíblia ter Jacó como justo, se ele enganou seu pai e seu irmão, conforme é dito em Gn. 27?
A resposta não está no fato da pessoa não pecar, mas o que ela faz quando peca. Repare que Jacó encara seu irmão e busca a reconciliação em Gn. 33.
Da mesma forma que em Nm. 5:7 existe o mandamento de que uma pessoa que prejudicou a outra deve fazer a restituição do prejuízo causado.
O justo não é reconhecido por não pecar. Ele é reconhecido por sua capacidade de fazer uma auto-avaliação e procurar corrigir o seu erro.
Ninguém está livre de pecar. Mas, existem pessoas que estão sempre tentando corrigir o erro, e pessoas que não ligam para o fato de terem errado.
É o esforço constante de se conduzir em justiça, e de se levantar depois de um tropeço e voltar ao bom caminho, que torna alguém íntegro aos olhos do Criador.