Como combater o Adversário

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“Faze-me justiça, Eterno, pois tenho vivido com integridade. Tenho confiado no Eterno, sem vacilação. Sonda-me, Eterno, e prova-me, examina o meu coração e a minha mente.” (Salmo 26:1-2)

Na Pérsia antiga, um homem chamado Zoroastro encontrou uma forma de ver o mundo que até hoje é muito popular. Ele observou o mundo, e constatou que havia coisas maravilhosas e pensou: Deve haver apenas um Criador por trás de todas as coisas!

Ele quase se enveredou pelo belíssimo caminho do Monoteísmo. Mas, ele observou o mal e pensou: Certamente que existe um deus mal, pois o mundo está repleto de coisas ruins. Assim nasceu o Zoroastrismo, uma religião que acredita que o mundo é uma eterna batalha entre um deus bom e um deus mau.

Isso influenciou grandemente as religiões que vieram depois de Zoroastro. E também influenciou aquelas que surgiram antes. Mas, o objetivo deste artigo não é discutir a existência do mal. Nós falamos sobre isso noutro artigo. Clique aqui para lê-lo.

Uma dessas influências está no fato de que as pessoas tendem a achar que as provações que elas passam na vida, as tentações, etc. significam que a pessoa está sendo atiçada por uma força maligna exterior, cujo principal desejo é destruí-la.

Porém, desde a antiguidade os principais comentaristas bíblicos já reconheciam: O Adversário, na Bíblia Hebraica, não é um ser chifrudo, rabudo e que odeia o Senhor. Ele é uma metáfora para a sua própria inclinação ao mal. Isso é dito explicitamente no Talmude Babilônio em Bava Batra 16a, e portanto não é uma ideia nova.

Mas, por que isso é tão importante? Afinal, por que Deus se ofenderia de alguém achar que existe um deus mal querendo destruir tudo que ele faz?

A resposta é simples: Enquanto as pessoas pensam assim, continuam a tentar combater um personagem externo a elas, ao invés de subjugar a sua própria vontade de fazer o mal.

Na passagem acima, o salmista não se apresenta diante do Senhor dizendo que ele combateu adversários terríveis, mas sim dizendo que ele trabalhou o seu interior, lutou contra sua própria carnalidade, de modo que se o Senhor sondar o coração dele, verá que foi correto em seus planos e escolhas.

Você quer lutar contra o Inimigo? É simples: Sonde sua alma, veja onde você tem a tendência a um comportamento negativo ou destrutivo, e procure trabalhar isso.

Você é o seu maior inimigo. Não o diabo, não o anti-cristo, não a religião do vizinho, nem os demônios. O Senhor não é só Único, Ele também é Soberano.

Pare e pense: Não faria sentido você, um homem, lutar com algum poder espiritual invisível! Mas faz todo o sentido lutar contra sua própria inclinação ao mal.

Permita que o bem triunfe em sua consciência e busque forças na Bíblia e na fé para lutar contra isso!

Como eu costumo dizer, a verdadeira Batalha Espiritual está dentro de nós.