Amparar aqueles que sofrem é tarefa muito importante, mas bastante delicada. Ela exige um cuidado para que não façamos algo que acabe causando ainda mais sofrimento.
1) Faça-se Presente
Com a revolução das telecomunicações, ficou fácil fingir-se presente e solícito. Basta duas linhas de texto num aplicativo para nos sentirmos com o dever cumprido. Mas, não faça isso!
A maioria das pessoas que sofre se queixa do distanciamento dos outros. Sempre que possível, faça-se o mais presente possível. Ligue, converse e se possível visite quem sofre.
Lembre-se da passagem: “Porém as mãos de Moisés eram pesadas, por isso tomaram uma pedra, e a puseram debaixo dele, para assentar-se sobre ela; e Arão e Hur sustentaram as suas mãos, um de um lado e o outro do outro; assim ficaram as suas mãos firmes até que o sol se pôs.” (Ex. 17:2)
O que teria acontecido se Aarão e Hur tivessem apenas ficado de longe, gritando palavras de incentivo?
2) Silencie suas vozes internas e externa
Provavelmente, você ficará na sua cabeça pensando em mil palavras pra tentar não dizer a coisa errada, e pra tentar ajudar a pessoa com o conselho certo… Esqueça isso!
O que uma pessoa que mais sofre mais precisa é de alguém que ouça, sem julgar. E que possa ser paciente para ouvir, ou apenas para estar ali enquanto ela chora.
Lembre-se que a Bíblia Hebraica diz que há “tempo de estar calado, e tempo de falar;” (Ec. 3:7). Esse é o tempo de ficar calado.
3) Dê continuidade
A ajuda efetiva precisa ter continuidade. Não há coisa pior para uma pessoa do que receber uma visita, uma ligação e depois disso o outro fica com a sensação de “dever cumprido” e desaparece. Se você se propõe a ajudar alguém, esteja disposto a dar continuidade.
A Bíblia diz, sobre o momento em que o Senhor protegeu Israel no deserto: “Nunca tirou de diante do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite.” (Ex. 13:22) Enquanto Israel precisou, o Senhor protegeu.
4) Escolha o seu alvo
É melhor ajudar poucas pessoas, mas realmente ajudar, do que sair diluindo sua atenção com muita gente, e assim não ajudando ninguém efetivamente.
Lembre-se que até Moisés ouviu de Jetro: “Tu e teu povo ficarão esgotados, pois esta tarefa te é pesada demais. Tu não podes executá-la sozinho.” (Ex. 18:18)
5) Motive, sem forçar
Lembre-se do item 3 do artigo sobre o que não fazer. Não tente fazer a pessoa ficar feliz, nem minimize seu sofrimento dizendo que vai passar. Mas, tente sim motivá-la, sem forçar a barra.
Como fazer isso? Dizendo palavras positivas, fazendo elogios sinceros, e falando de assuntos que você percebe que a pessoa se motiva a falar. Sempre procurando estar sensível à reação da pessoa, sem ser insistente.
O mesmo vale para convites: Convidar uma pessoa para passear, para orar juntos ou fazer algum programa leve pode ser ótimo, desde que não se constranja a pessoa.
Pessoas sofrendo precisam de momentos para chorar, e também de momentos para espairecer. O segredo é abrir possibilidades, e deixar a pessoa fazer o movimento.
Seguindo essas diretrizes gerais, você poderá ter a certeza de que sua ajuda será muito mais efetiva.