Orgulho e Humilhação

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“Acaso não é esta a grande Babilônia que eu construí como capital do meu reino, com o meu enorme poder e para a glória da minha majestade?” (Daniel 4:30)

No começo do livro de Daniel, Nabucodonosor chama o Eterno de “o Senhor dos reis” (Dn. 2:47). No entanto, mais adiante na parábola do capítulo 4, encontramos a frase acima.

Nabucodonosor havia se esquecido que toda glória vem do Criador, e havia se envaidecido com a obra de suas mãos. Seu destino foi tornar-se como um animal, até que pudesse ser humilhado e dizer novamente:

“Agora eu, Nabucodonosor, louvo e exalto e glorifico o Rei dos céus, porque tudo o que ele faz é certo, e todos os seus caminhos são justos. E ele tem poder para humilhar aqueles que vivem com arrogância.” (Daniel 4:37)

A vida é feita de ciclos. E todos nós passamos por provações. Momentos em que estamos bem, e momentos em que estamos mal.

Quando estamos mal, nos humilhamos e colocamos o Criador numa posição de grandeza. Pedimos a Ele que nos ampare, que cuide de nós, que nos ajude e nos dê uma chance.

Depois da provação, chega o tempo da bonança. E é muito bom que a gente recupere a auto-estima e entenda nosso valor e capacidade.

Mas, a medida em que isso acontece, não podemos perder de vista que quem nos capacita é o Senhor. E que é Ele quem deve ser a todo tempo buscado e glorificado.

Pouco a pouco, vamos confiando em nossos esforços pessoais, e cedendo aqui e ali aos nossos velhos hábitos. Não de uma vez, mas gradativamente, passo a passo.

E, se não estivermos atentos, haverá outra provação. Pois o Senhor deseja que compreendamos que sem Ele nada somos.

Enquanto não aprendermos essa lição, corremos o risco de ficar sempre no ciclo da vaidade e da humilhação.

Para se libertar disso, é importante buscar exercitar não a auto-confiança, mas sim a auto-confiança dependente. Isto é, saber que nosso valor e capacidade vem do Altíssimo.