Crianças Religiosas São Piores: O Estudo que Abalou o Mundo Religioso

0
1912

Um estudo publicado pela Universidade de Chicago, uma das 10 melhores universidades do mundo, abalou o mundo religioso, pois chegou a uma conclusão estarrecedora: Crianças criadas em um lar sem religião são, em média, melhores do que as que são criadas em um lar religioso.

O estudo examinou 1170 crianças, entre 5 e 12 anos, em vários países, e avaliou a empatia, a bondade e o altruísmo das crianças. As crianças de lares religiosos se saíram piores em tudo.

Em todos esses lares, os pais foram entrevistados. Os pais religiosos tinham absoluta convicção de que seus filhos se sairiam melhor, sendo crianças mais justas e generosas. No entanto, o que se percebeu foi exatamente o contrário.

O neurocientista Jean Decety, que conduziu o estudo, disse: “Nossas descobertas contradizem a suposição popular e popular de que as crianças de famílias religiosas são mais altruístas e gentis com os outros. Em nosso estudo, crianças de famílias ateístas e não religiosas eram, de fato, mais generosas.”

Na realidade, a coisa fica ainda mais complicada. O estudo revela: “A relação negativa entre religiosidade e altruísmo ficou mais forte com a idade; as crianças com uma maior experiência de religião no lar eram as menos propensas a dividir.”

Sabemos que a Bíblia Hebraica nos ensina: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.” (Provérbios 22:6)

O que, então, pode ter acontecido com essas crianças? O estudo também explica.

As crianças estudadas eram cristãs e muçulmanas. Mas, a causa poderia facilmente também ser encontrada noutras religiões.

A resposta é simples de entender. Conforme o estudo, crianças de lares religiosos “frequentemente parecem julgar mais as ações dos outros.”

A criação religiosa frequentemente está focada no pecado, na punição, no sentimento ou na ideia de que as pessoas daquela fé são melhores, escolhidas, as únicas que estão na verdade, entre outros conceitos semelhantes, que acabam tornando as crianças piores e menos compassivas. Quanto mais rígida a religião e as punições para a criança, piores elas se tornavam.

O estudo diz que pais religiosos “favoreciam punições mais fortes por comportamento anti-social e julgavam tal comportamento mais duramente do que [os pais de] crianças não-religiosas. Esses resultados apóiam estudos prévios de adultos, que descobriram que a religiosidade está ligada a atitudes punitivas em relação às ofensas interpessoais”.

Em outras palavras, duas coisas acabam sendo encorajadas pelo fundamentalismo religioso e passadas de geração em geração: medo e arrogância.

Proibições absurdas e a ideia de que tudo seja pecado ou, pior, demoníaco, cria uma cultura do medo que leva a criança a ser extremamente rigorosa com ela e com os outros. Esse medo pode levar a outros problemas como, por exemplo, adultos que cobram demais de si próprios e/ou ansiosos.

Já a ideia de um “nós x eles”, isto é, de um grupo de pessoas que está na luz enquanto o outro está em trevas, também diminui a capacidade das crianças de sentir compaixão com outros. Afinal, como ter empatia com um “filho do mal”?

O grande problema, portanto, não é criar uma criança dentro de uma fé no Eterno, mas sim criar numa cultura de dogmas e imposições, pecado e medo, além, claro, da cultura do “nós e eles”.

Sendo assim, há que se ter cuidado. O foco do ensinamento deve ser o Eterno e não o pecado, o mal, ou o sectarismo.

Claro, isso não quer dizer que uma criança não deva ser punida quando erra. Mesmo os pais não-religiosos punem seus filhos quando esses saem da linha. Porém, existe uma diferença enorme entre punir para educar e criar uma cultura punitiva, de medo de pisar fora da linha e ir pro inferno, por exemplo, ou de ser duramente castigado por causa de dogmas religiosos.

O melhor modelo de como uma criança deve ser ensinada encontra-se, na opinião deste autor, no Salmo 131, que diz:

“ETERNO, o meu coração não é orgulhoso e os meus olhos não são arrogantes. Não me envolvo com coisas grandiosas nem maravilhosas demais para mim. De fato, acalmei e tranquilizei a minha alma. Sou como uma criança recém-amamentada por sua mãe; a minha alma é como essa criança. Ponha a sua esperança no ETERNO, ó Israel, desde agora e para sempre!”

Curiosamente, esse salmo também traz a comparação do salmista a uma criança, que está calma e tranquila, pois está no colo da mãe. E é assim que as crianças devem ser encorajadas: a encontrarem calma e tranquilidade na presença do Eterno.

A criança deve ser estimulada a não ser orgulhosa nem arrogante, mas a confiar no Eterno. Não por medo de ser duramente punida, mas porque é o correto a ser feito.

O foco deve estar em construir um relacionamento positivo e saudável com o Eterno. Assim sendo, a criança realmente se tornará um adulto melhor.

O estudo da Universidade está disponível neste link: Clique aqui para acessar.

Por fim, recomendo também a leitura do artigo sobre Fé, Religiosidade de Depressão. Clique aqui para acessar.