Como Derrotar Gigantes

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“Um guerreiro chamado Golias, que era de Gate, veio do acampamento filisteu. Tinha dois metros e noventa centímetros de altura. Ele usava um capacete de bronze e vestia uma couraça de escamas de bronze que pesava sessenta quilos; nas pernas usava caneleiras de bronze e tinha um dardo de bronze pendurado nas costas. A haste de sua lança era parecida com uma lançadeira de tecelão, e sua ponta de ferro pesava sete quilos e duzentos gramas. Seu escudeiro ia à frente dele.” (1 Samuel 17:4-7)

A descrição que a Bíblia Hebraica dá de Golias é absolutamente aterrorizante. Um gigante, guerreiro desde criança, se coloca perante os exércitos de Israel. E nem o combatente mais experiente dentre os israelitas se atreve a enfrentá-lo. Todos estavam morrendo de medo daquele homem.

Como sabemos, a Bíblia Hebraica conta a história de como Davi, à época ainda um rapaz muito jovem e um mero pastor de rebanho, ao ouvir tamanha afronta contra Israel se indignou e se propôs a enfrentar o gigante.

O rei Saul, ao ouvir isso, ficou espantadíssimo. Porém, não havia outra opção, pois ninguém queria enfrentar o gigante. Mas, ainda assim, disse a Davi: “Não poderás ir contra esse filisteu para lutar com ele, pois tu és jovem, e ele é guerreiro desde a sua mocidade.” (1 Samuel 17:33)

A resposta de Davi é justamente o que mais impressiona nessa narrativa.

Davi respondeu a Saul: “Teu servo toma conta das ovelhas de seu pai. Quando aparece um leão ou um urso e leva uma ovelha do rebanho, eu vou atrás dele, atinjo-o com golpes e livro a ovelha de sua boca. Quando se vira contra mim, eu o pego pela juba, atinjo-o com golpes até matá-lo. Teu servo é capaz de matar tanto um leão quanto um urso; esse filisteu incircunciso será como um deles, pois desafiou os exércitos do Senhor vivo. O ETERNO que me livrou das garras do leão e das garras do urso me livrará das mãos desse filisteu.” (1 Samuel 17:34-37)

Quando fala sobre sua certeza de que terá a vitória, Davi não cita uma fé cega. Ele cita as experiências que teve com o Eterno anteriormente, que lhe dão a certeza de que – da mesma forma que ele pôde derrotar um leão ou um urso – venceria o gigante filisteu.

Passados alguns séculos, hoje nossos gigantes não são homens que vestem armaduras. Nem por isso, são menos gigantescos ou assustadores.

Quantas vezes não nos encontramos diante de problemas tão grandes, complexos ou terríveis que diante deles, nas palavras da própria Bíblia Hebraica, “parecíamos gafanhotos”? (Números 13:33)

A diferença entre Davi e os demais soldados de Israel é que, enquanto esses últimos se perguntavam se conseguiriam, por milagre, vencer o gigante, Davi olhava para os milagres já realizados em sua vida e tinha essa certeza.

Por essa razão, sempre enfatizo – conforme colocado no artigo do credo monoteísta – a importância de deixar registradas suas experiências pessoais com o Criador, justamente para os momentos nos quais precisamos enfrentar nossos “gigantes”.

Quando você estiver diante de um problema gigantesco, faça como Davi: Pare e reflita sobre o quanto o Eterno já fez por você.

A certeza de que você superará mais esse desafio não se baseia na espera de um milagre incerto, mas sim na experiência de como o Eterno já agiu na sua vida.

Da mesma forma que isso fez toda a diferença entre Davi e os demais soldados, assim também essa é a diferença entre aqueles que alcançam a vitória e aqueles que já começam derrotados.

E esse é o grande segredo: Para ter a certeza da vitória futura, olhe sempre para o que o Eterno fez no passado.